Os Três MPPs do título não representam a tríade: Muitos Pretos,
Pardos.
Há pouca poesia para pessoas pretas
São muitos os fardos e poucos pretos
E muita gente parda pra pouco preto
Dos muitos pardos, muitos pretos
Pretos e pardos, todos pretos pobres
Entre pretos e pardos, muitos presos
Se pouca ação negra, muita a demagogia branca
A lei, no estado constitucional de direito é um
dito laico.
Ser um não cristão, aí não é direito, o sentimento
é arcaico
O brasil bonzinho, esse aqui mesmo, abençoado pelo
papa
Não é aqui, onde As Pretas morrem todos os dias de
graça?
O mesmo país em que o Jovem Negro é assassinado dia-a-dia?
E nem assim, nessa eurocracia protagoniza
uma no-ticia
Quase sempre aqui, o capitão-mor que mata, é um po-licia
E assim vamos nós, com a branda Consciência Negra,
Que abranda nosso preconceito por só um dia no ano!
mas de sol a sol, não se engane, o conceito
profano...
mesmo sem comemoração, perdura em nosso cotidiano
Até quando o pré-conceito? Encaremos de frente, as
diferenças
Mano, abra bem os olhos e com você neguinho! Que
tô falando
Nos querem esse papagaio cultural, com guizos
enfeitado,
enraizado e sem identidade negra?... Não há um povo
negro
Então se ainda é pouca a poesia para pessoas
pretas
É que talvez não há poesia branca pra pretos
pardos
Pretos e pardos, pardos e pretos unidos aos pares
muitas frentes, muitos corre, muitos morrem,
mais um açoite, chega do coro exposto dia e noite
precisamos unir as vozes, pretas e pardas, em um
só coro
NEGRO! POVO NEGRO, somos muito! somos muitos!
E eles os MPPs – os muitos
porcos preconceitosos.
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