terça-feira, 1 de maio de 2018

MPP

Os Três MPPs do título não representam a tríade: Muitos Pretos, Pardos.

Há pouca poesia para pessoas pretas
São muitos os fardos e poucos pretos
E muita gente parda pra pouco preto
Dos muitos pardos, muitos pretos
Pretos e pardos, todos pretos pobres
Entre pretos e pardos, muitos presos
Se pouca ação negra, muita a demagogia branca

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Inutil poesia

Não sei dizer se o mal é na poesia ou das poesias. Em todo caso fica a recomendação: Não perca seu tempo lendo frases de amor. Não se encante com a descrição da flor ou mesmo com a natureza impressa em folhas. Os poetas são enganadores e nas suas palavras não tem calor, elas podem até ser bonitinhas é verdade. Mas em toda poesia reside um falsete, para roubar o seu tempo. Quem lê poesia, é igual aquela pessoa diante da mesa farta, cheia de queijos para comer e, ao invés de saborear,

domingo, 22 de novembro de 2015

Palavras ameaçadas


Hoje acordei nauseabundo, mau humorado
Com um sentimento baixo, ancorado
Queria sair por ai e matar uma palavra qualquer
Encontrei logo cedo uns versos de mulher
Era uma prosa com sentido indecoroso
Impuro, fiquei agitado e tentei matar sem remorso
Na hora desisti, pois descobri um negócio...

domingo, 16 de novembro de 2014

N’alma cabocla, o vácuo entre nós, claro!

Provocando o poeta, quem sabe a poesia termine em direitos
Apresentando a lida, a contenda contendo-conteúdo
Da estrada, a quebrada é canto percorrido  
Pros que não negam a luta do caminho
Nesses versos, és vero, não tem nenhum engodo
Sou caboclo, preto, Ketú, Jege, Nagô,  filho de orixás
Essas linhas áridas descendem de outros agora.
Ecos do eco, vapor que na imaginação maquína
Repele culturas nauseabundas de longínquas auroras
Daqui o braço abraça a mão criativa da mãe África

domingo, 21 de setembro de 2014

A Árvore dos Sonhos - Quinta parte (final)


V


 E, mais uma vez, lá se foram 24h para Gil. Nessa rotina apressada parecia não haver a divisão normal do dia em ciclos do tipo, manhã, tarde e noite. A sua atenção fazia existir momentos como a hora de acordar, da refeição e de dormir. Quando já havia escrito um bom número de páginas, resolveu parar e ler o que tinha feito. Começou de um ponto qualquer, foi logo depois do evento da cigana. Estava escrito lá. O homem de nome Manoel morreu, mas não depois de sete dias após ter iniciado a poda da árvore.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Não é nada de mais


Era minha vez de colocar nonada no papel, a coisa de pouca monta, É o que venho apresentar. Vale dizer, que as ideias aqui, embora começadas no meio do nada, não implicam necessariamente, em um texto inédito. A título de exercício literário, imagine que o lido já existia. E você o conhecia antes mesmo da leitura começar. A declaração em primeira pessoa, nas próximas linhas, não tem compromisso com a totalidade do texto.