domingo, 27 de abril de 2014

Será a Mentira falsa uma verdade?

Somos de iguais nascimentos;
e só diferentes nos centímetros


 

 

 












 
 
E se, no final, as contas da poesia
Não vier a pagar sua conta
E porque moeda, não é de toda a verdade
E o poeta é sujeito indigente
Quando não tem valor sua poesia insurgente
A verdade é só sinônima de realidade
A poesia não é assim antônima da fantasia
É sim da própria fantasia que se apropria
Poeta não respeita verdades convencionais
Por hora, Digo que a verdade ou está nisto ou naquilo
Ou se é poeta ou se diz a verdade
Quando não, há um poeta a dizer mentiras
Se há poesia na mente, a verdade não é absoluta
Aqui as mentiras são invencionais
Por isso, juro insolentemente que não mentirei verdades
Limito-me apenas dizer que não há verdades ilimitadas
As mentiras leais, não são verdades
Por isso, e que são mentiras verdadeiras.
Se elas dissessem verdades
Seriam mentias falsas.
E as verdades da mentira e as mentiras da verdade
Dizem que em meu verso não tem arte
Que aqui é somente uma imitação
Não imito a arte porque não sei se é verdade
Se arde, não imito, se ardo, não me limito
Imitação que se presa, se reconhece no original
Imitação legal mesmo, não precisa ser ilegal
A Imitação verdadeira não quer ser original
A imitação verdadeira e a cópia original
E pra finalizar, criação quando não acaba
Do meio pro fim é bom começar rimação
Se na poesia não tem rima
É porque o verso não apresenta metro
Não rimo rima com prima
Porque não comi a minha sina
E na minha imaginação eu não sei
Se é assim que se ensina poesia
Pois em cada verso uma mentira
A suplantar a verdadeira hipocrisia.  

3 comentários:

  1. Ser ou não ser verdade, mentira? "Quem pode ser capaz de te imitar,
    ser parte do que há em Ser vc, em Ser Poeta?
    Quanto mais que em teus Versos não existe Arte?

    Na inTensão ilimitada que brota daí,
    erupciono só na leitura

    Ensinamentos mais que Poesia.."

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  2. Poema-Mal do Século
    Já não somos tão humanos
    Corpos são arrastados pelas ruas
    Estranhos cortejos da morte.
    Cemitérios não atendem a demanda.
    Epidemias surgem a toda hora.
    Na rua-caos
    Tudo é de morte
    Divergências filosóficas
    Crenças, times de futebol
    E todos os ismos.
    Depois do espetáculo:
    “Não choraremos os antepassados,
    Lirismo amoroso não será resgatado.”
    Ricardo Azenha

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    Respostas
    1. É verdade Ricardo estamos vivendo um momento de caos, talvez por isso as pessoas expressem, cada vez mais um sentimento infantil. essa não é a Não só a demanda de cemitério mostram-se ineficientes. que talvez tenhamos que contratar carpideiras pra chora, pois ninguém mais que se ocupar do falecido. Valeu Ricardo um abração,

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