sexta-feira, 6 de junho de 2014

Cotidiano


Na capital brasileira
As luzes acendem
O brilho das vidraças
Ofuscam os olhos
De quem passa

Ressurgem do submundo
Os homens e mulheres
Que das ruas se bastam

Nas calçadas relaxam
Nos chafariz, glamour
Da esperançosa capital
Banham seus corpos marcados

Que mundo sonharam
Que esperança tiveram
A fome lhes basta
Vagabundos ou excluídos

A revelia o trabalho
Subserviente, condicionado
Passos largos, após a jornada
Uma jornada cotidiana

Busca constante, talvez exagerada
Supérflua, alienada, esperada, idealizada
Quem sabe até sonhada

Quem sabe desesperada, fragmentada
Solitária e um dia quem sabe solidária
Nas ruas frias a realidade e o desigual
Na tão sonhada capital.

Alisson Costa Rocha

4 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Valeu professor ,Nobre colega Ernandes Oliveira,muito obrigado por postar no seu Blog a minha singela poesia,fico lisonjeado e ao mesmo tempo envergonhado com minhas simples palavras diante dos seus textos tão bem elaborados..

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  3. Somos todos observadores, o tempo todo estamos a observar algo. E, na maioria das vezes, guardamos isso para nós. Seria extremamente chato se todo mundo ficasse socializando tudo, tudo que vê e que sente a todo o momento. Mas, às vezes, temos a grande sacada, o grande lance e fazemos do óbvio, o que não é tão óbvio assim para as outras pessoas. É como se pudéssemos empresta-lhes a nossa lente apenas por um breve momento. O professor, amigo e poeta do cotidiano Alisson oferece a nós oportunidade de ver o mundo com outros olhos, Ele nos apresenta: O "Cotidiano" dele e, que talvez, seja meu ou seu e também de nós todos.

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