domingo, 22 de novembro de 2015

Palavras ameaçadas


Hoje acordei nauseabundo, mau humorado
Com um sentimento baixo, ancorado
Queria sair por ai e matar uma palavra qualquer
Encontrei logo cedo uns versos de mulher
Era uma prosa com sentido indecoroso
Impuro, fiquei agitado e tentei matar sem remorso
Na hora desisti, pois descobri um negócio...
Que a palavra, toda palavra não morre, só nasce
Quando é esquecida, fica ressentida e diz que morreu
Na verdade é só charme, de esperar alguém chamar
De assassino sério da prosa e verso
Passei, do homem sério e perverso,
ao menino brincalhão de sentimento diverso
Tentando com as palavras cria um jargão
De palavras só pra chatear todo mundo
Menos eu que não me chamo Raimundo
 E não tenho nada a ver com a coisa toda
Apenas quero brincar de viver numa boa,
Fazendo a única coisa que gente à toa
Sabe fazer, além de viver... nada.     

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